domingo, 20 de maio de 2012

Dj Antonio José




ANTONIO JOSÉ  “ O LÔBO”


Há 15 anos sem o D´j ANTONIO JOSÉ (O LOBO DA ESTRELA DO SOM), Antônio José Pinheiro da Silva, 26 anos era o casula dos homem de uma família de mais de 30 irmãos, sendo que destes somente 8 eram legítimos. Nasceu em Ariquipá, povoado de Bequimão, no anterior do Estado do Maranhão, filho de Marinaldo Rodrigues Silva e Maria José Pinheiro. Veio para São Luís aos 9 anos, para estudar, vencer na vida e poder ajudar a sua família de origem muito humilde.

Em São Luís, Antônio José conheceu Tony Tavares, amigo da família e de quem futuramente se tornaria o melhor amigo. Logo começou a trabalhar com Tony, em uma oficina de eletrônica aos 13 anos, fazendo pequenos serviços. Sempre muito interessado aprender a mexer com som, passou a companhar o amigo ás festas no Quilombo, onde Tony Tavares era D´j. Lá iniciou limpando caixas de som, os equipamentos e todos os sábados desmontava e radiola, para ver se havia algum defeito, e com isso aprendendo todas as “manhas”.

Com a saída do Tony Tavares do Quilombo, Antônio José assumiu o lugar deixado por ele, e de uma forma surpreendente conseguiu manter–se por muito tempo e com muito sucesso, até que desentendeu-se com a diretoria e saiu. Ferrerinha, que já conhecia o trabalho se Antônio José, convidou para trabalhar no Espaço Aberto, numa radiola chamada ESTRELA DO SOM.

No Espaço Aberto, Antonio José fez toda a magia envolvendo o ritmo jamaicano. Descobriu uma nova comunicação que agitava o público que freqüentava os salões de reggae para dançar. De forma interativa, ele
começou a falar sobre as músicas, criava muitas vinhetas e jargões, tal
como: - Toca de Novo - e - Sequencia Demolidora – segundo nos conta o jornalista, radialista e DJ Marcus Vinícius. E tornou-se conhecido como O Lobo. E foi um dos primeiros a encarar o público de frente no momento em que os equipamentos de amplificação e controle passaram ser colocado em mesas e não mais nos móveis monolíticos que forçavam os DJ's a trabalharem de costas. Suas performances incluíam cantorias refrões gostosos feitos no improviso e até scattings à moda da Jamaica. Uma das suas criações, Menina Linda, pontuada sobre a música Reggae Machine de Willie Lindo.

Com sensibilidade nata ao ofício, ele escolhia músicas dos discos que vinham
para ele, direto da Jamaica, exclusivos. Muitas delas ainda fazem sucesso, atualmente, mas foram lançadas por Antonio José, naquela época, e batizadas por ele como ‘Melôs’. Por exemplo: I´m believe de Léo Simpson, é o ‘Melô de Antonio José’, When the heats on de Tito Simon (Melô da União), Mr. Sucess de Balford Lindsay (Melô do Cabeção), dentre tantas outras descobertas vivas na memória do Reggae em todo o Estado.

O DJ Antonio José morreu, subitamente, de acidente de carro, na avenida do Cohafuma, em 1996. O velório aconteceu no Espaço Aberto; espontânea e emocionante de mobilização popular, como jamais vista em São Luís. 
Um dia depois o carro do Corpo de Bombeiros atravessou São Luís, levando o corpo de Antonio José Pinheiro Silva, " O LOBO". No longo trajeto entre o bairro do São Francisco ao cemitério Jardim da Paz, no Maiobão milhares de pessoas alinharam-se nas calçadas e acostamentos, acenando, gritando ou vertendo
lagrimas. Antônio José não era coronel, deputado, ministro, jogador de futebol ou artista de TV. Era Dj de REGGAE, profissão pouco conhecida e nada nobre, mais isso apenas aos olhos da elite maranhense. Para massa regueira, formada principalmente pelos excluídos, era um adeus emocionado e muito justo a um dos mais emblemáticos personagens do reggae do Maranhão. Antônio José era um cara bacana, estava sempre de bem com a vida. 


Sua contribuição ao reggae maranhense é incontestável. Sorte de quem pode curtir uma festa dele. no Espaço Aberto, ou em qualquer um dos 10.000.000
lugares onde ele passou com sua energia. Ele com sua maquina a Estrela do Som cruzou o céu na velocidade certa da música, e a 15 anos esta com Jah, comandando sua sequência de pedras por lá.


Onde hoje se ouve
...EM SEQUÊNCIA, DEMOLIDORA, 
DJ ANTONIO JOSÉ...


Fica aqui todo o meu respeito ao seu trabalho reconhecimento a sua contribuição no movimento reggae maranhense, além de todo meu carismo a sua pessoa.


Então...
A PARTIR DE AGORA
AS PEDRAS VÃO ROLAR...
COMANDO, DJ ANTONIO JOSÉ, THE NUMBER ONE






Alguns videos do nosso Dj Antonio José, é só clicar no links abaixo.




quarta-feira, 9 de maio de 2012

A Vida de Bob Marley

   



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Vida de Bob Marley


Bob Marley nasceu no pequeno condado de Nine Miles, no estado de St. Ann, na Jamaica, em 6 de fevereiro de 1945. Filho de um militar inglês branco e uma negra, Bob foi criado sem o pai, que o abandonara antes mesmo de nascer. Mas foi no gueto de Trench Town, para onde se mudou mais tarde, que Bob começou a fazer história. O gueto era um lugar pobre, perto da capital da Jamaica, Kingston, para onde migravam camponeses de toda a parte do país, para tentar uma vida melhor na cidade. Foi lá que Bob conheceu seus primeiros parceiros musicais, Winston Hubbert Mcintosh (Peter Tosh) e Bunny Livingstone (que mais tarde passou a se chamar Bunny Wailer)e mais tarde sua mulher, Rita. Foi frustado com a carreira de ajudante de soldador, que Bob, finalmente, resolver tentar a carreira musical. Em 1961, Bob, Peter e Bunny montam os Wailing Wailers. O primeiro compacto foi "Judge Not". Daí para o primeiro Sucesso, "Simmer Down" se passaram 3 anos. O rythim'n'blues americano associado ao som local, o mento, formava o ska, que contagiava a ilha. O reggae foi uma evolução do ska, que foi ficando mais lento, já que os dançarinos da época reclamavam do calor que sentiam ao dançar o rápido ritmo. Em 1966, Cedella, mãe de Bob, batalhava algum dinheiro nos EUA e Bob foi morar com ela, mas antes casou-se com Rita, no dia 6 de fevereiro do mesmo ano. Bob foi para os EUA e trabalhou na fábrica de montagem da Chrysler, mas 7 meses mais tarde estava de volta à Ilha, onde encontra uma Jamaica diferente, que vivia sob o impacto da filosofia rastafari, devido à visita de Hailé Selassié, dito descendente do rei Salomão com a rainha Sabá, fato que influenciaria muito suas músicas. Em 69, os Wailers se juntam a Lee Perry, um mago do reggae, e juntam-se a nomes como Aston "Family Man" Barret (baixista) e Carlton Barret (bateria). Com essa nova formação, os Wailers, chamam atenção de Chris Blackwell, branco e rico, que funda o selo Island e resolve investir no reggae. Chris consegue dar ao grupo um tratamento igual ao dado às bandas de rock da época, e sob tais condiçães o álbum "Catch a Fire" é lançado, 1973 Em 73, mesmo, os
Wailers lançam outro disco: Burni', onde gravaram "I Shot The Sheriff", junto com Eric Clapton. Com esses dois discos, Bob ganhou uma mansão de Blackwell na área nobre de Kingston. Após esse fato, Peter Tosh saiu da banda para tentar uma carreira solo e Bunny foi pelo mesmo caminho, por que tinha medo de viagens de avião. A banda, então, mudou o nome, passou a se chamar Bob Marley & The Wailers, e as vagas deixadas por Peter e Bunny passaram a ser preenchidas pelas I-Threes, grupo vocal formado por Rita Marley (esposa de Bob), Marcia Griffiths e Judy Mowatt. O primeiro álbum da nova era foi "Natty Dread", que tinha hits como "No Woman No Cry" e "Lively Up Yourself". Já consagrados internacionalmente Em 75, o grupo fez um show histórico na Inglaterra (Lyceum, Londres), de onde saiu o disco "Live!", lançado em no mesmo ano. O ano de 76 foi conturbado: lutas políticas na Jamaica e o assassinato de Hailé Selassié por seus próprios soldados (que resultou na música "Jah Live"). No meio de tantas pedradas, Marley lançou o álbum "Rastaman Vibration". Com esses lançamentos constantes de novos álbuns podia-se verificar a facilidade com que Marley compunha suas músicas. "War", influenciado pela situação que se passava foi o destaque do disco. Nesse mesmo ano, Bob sofreu um atentado a tiros em sua casa. Levou um tiro no braço, enquanto Rita levou um de raspão na cabeça e Blackwell, vários tiros. O atentado assusta Bob, que se mudou para Londres. Lá, Bob apadrinhou o movimento reggae local e viu surgimento de grupos como Steel Pulse e Aswad, lançou também dois álbuns, "Exodus" (1977) e "Kaya" (1978). A turnê européia serviu de combustîvel para o ao vivo "Babylon By Bus", em 1979. Ainda na Europa, Bob machucou o pé numa partida de futebol - o mesmo que já havia ferido seriamente dois anos antes. O machucado virou uma infecção feia e os médicos sugeriram a amputação do dedo. Por motivos religiosos, o cantor negou a ação médica. A infecção progridiu para um câncer e tomou posse de Bob. No livro "Catch A Fire", a mais completa biografia sobre o cantor, o jornalista Timothy White afirma que a doença "corroeu Bob por dentro como as formigas atacando um ackee (fruta tîpica da Jamaica)". Em 1978, saiu o disco "Survival", inspirado na viagem de Marley à África. A música "Zimbabwe" tornou-se símbolo das manifestações políticas daquele país. Bob e os Wailers são convidados para tocar no show de independência do país. Antes disso, Bob visita o Brasil, onde jogou bola com Chico Buarque. Em 1980, Bob ainda lançou o disco "Uprising", que inclui a mais bonita e melodiosa música de Bob Marley: Redemption Song. Talvez, por acaso, a última que Bob compôs. Ela fala da retirada cruel dos escravos da África, e é um estîmulo para que os africanos não se deixem dominar pelos povos da Babilônia (europeus). Ainda em 1980, Bob desmaia durante um show no Central Park, NY. O câncer se alastra por pulmões, fígado e cérebro. Ele se interna na clínica do Josef Issels, na Áustria, para um tratamento com bases naturistas, sem resultados positivos. De volta à Miami e sem os dreadlocks - perdidos em inúmeras seções de quimioterapia -, o "Honorável" Robert Nesta Marley (título que ganhou do governo jamaicano no dia de seu enterro, por sua contribuição, dentre outras, a cultura loca) morre no dia 11 de maio de 1981. Aos 36 anos. Bob é cremado ao lado de um pote de ganja, sua inseparável Gibson Les Paul e uma Bíblia aberta. Suas cinzas repousam em St. Ann, lugar onde o cantor nasceu. Muitas pessoas só conhecem Bob Marley e conseqüentemente o repudiam por causa do seu amor à marijuana. Talvez não saibam que a erva era sagrada não só para ele, mas como para todos os rastafaris. A erva é para eles como a bebida, o álcool é para nós, e assim como nos repudiamos a erva, eles repudiam o álcool. Mas talvez poucos conheçam o lado lutador de Bob. Pode-se comprovar em suas letras que Bob considerava a África seu lar espiritual e ficava inconformado com o domínio europeu que sempre pairou sobre a mesma. Bob foi um homem bom, generoso. Ajudava os pobres, não ligava para o dinheiro que ganhava. Bob Marley foi mais do que um simples cantor. Bob foi o primeiro artista vindo do Terceiro Mundo a conseguir um prestígio internacional considerável, numa época que o "iêiêiê" dos Beatles era ouvido cansativamente por todos. Bob foi um idealista, um autodidata, que mesmo sem ter estudado, impressionou o mundo com sua inteligência. Bob é uma lenda, e como todo texto sobre ele tem de terminar assim desse jeito, a lenda continua (The Legend Lives On)...
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